quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mon ami Soares

do Corta-Fitas

Todos ainda recordamos o que foram as tristemente célebres FP-25 de Abril.

Um bando de terroristas de extrema-esquerda que conseguiu a assassinar, a tiro e à bomba, creio que 18 cidadãos inocentes.

Tudo em nome de uma pretensa legitimidade revolucionária. Tudo em nome da transformação violenta da sociedade rumo ao comunismo.

Todos nos lembramos, também, que Otelo Saraiva de Carvalho foi a figura mais importante a estar envolvida nas FP-25 de Abril.

Outros houve, porém, menos conhecidos, cujo currículo faz igualmente jus à sua participação naquela organização criminosa.

É o caso de Óscar Gonçalves, ex-operacional das FP’s, que estava também “indiciado por vários roubos à mão armada”, mas que, segundo o Correio da Manhã, foi libertado em 1996 por Mário Soares, então Presidente da República.

Agora é acusado pelo Ministério Público da prática de crimes de associação criminosa, roubo agravado e furto qualificado. Estará envolvido num gang do Multibanco que terá perpetrado 174 assaltos e roubado mais de 2 milhões de euros, entre outros feitos agora recordados pelo referido jornal.

Mas o que aqui interessa verdadeiramente é saber como foi possível um Presidente da República indultar um indivíduo operacional de uma associação terrorista.

Sendo tal inaceitável à luz dos interesses do Estado, além de uma ofensa à memória das vítimas, talvez se perceba aquele indulto se consideramos que o seu autor veio mais tarde defender publicamente o diálogo entre países democráticos e a al-Quaeda de Bin Laden, com o hilariante argumento de que os objectivos desta deveriam ser “percebidos”…

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